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Ela, m?e de Isabel Dutra Galery, artista pl?stica, Ot?vio e Augusto Dutra Galery, psic?logos; Eles, filhos de Eunice Dutra Galery, professora de francï?½s e escritora. Os quatro compartilham a paix?o pelas artes, de diferentes formas. Os quatro compartilham suas formas aqui.

 

terça-feira, dezembro 24, 2002

 
O problema da história de natal é que ela nunca era a mesma, só o comecinho e o final é que não variavam muito...
As desgraças e desventuras do pobre cego eram sempre "contextualizadas"!!!!. Começava com a frase roubada de um poema absurdo ( que a Tia Glaura teve a pachorra de escrever para mim, outro dia eu publico aqui), o meio era sempre inventado e o final era com a resposta da pergunta "És tu, Papai Noel?". Era mais ou menos assim, embora mudasse muito, principalmente se a gente dava palpite ou corrigia o pai (Cala a boca, menino, quem sabe a história sou eu!):


"Era meia noite, o sol brilhava no horizonte..."
Um pobre homem, que de seu não tinha nada, era cego de um olho, em compensação faltava-lhe o outro; não tinha perna direita, porém tinha duas esquerdas (ou tortas, dependendo do ano); Mesmo sendo canhoto, nascera sem a mão esquerda, entretanto perdera a mão direita; Como era mudo, seu pai um dia pensou que ele não respondia por falta de educação e lhe deu dois pescotapas no pé d'oreia, deixando-o surdo. Vendo as luzes na cidade, os enfeites, as lojas cheias, o cheiro de queca, percebeu de repente que era véspera de natal...

[aqui começam as digressões sobre o sofrimento do pobre homem, que às vezes pedia dinheiro para comprar a ceia, às vezes para comprar presentes para os filhos que não tinha etc...]

... Finalmente, pouco antes da meia noite, sozinho, faminto, olhou para o céu e viu uma estrelinha a piscar singelamente [peraí, ele não era cego? Coitado de quem levantasse a questão]. Com os olhos cheios de água, posto que chovia torrencialmente, ajoelhou-se [cf obs. acima] e levantando as mãos [idem] ao céu, bradou [!!!] uma oração à estrelinha [a oração e o pedido de natal também nunca eram os mesmos]. Não aguentando mais, desfaleceu na sarjeta, sendo acordado em seguida pela água da enxurrada. Retomando aos poucos a consciência, reparou, junto à sua face, aqula botinha preta, de bico arredondado brilhando, lustrosa... tomado de emoção, ergueu com dificuldade os olhos e balbuciou, extasiado:

- És tu, Papai Noel

- Papai Noel é a puta que te pariu, viado!!! - respondeu o PM irado, descendo-lhe o cacetete...


Resumidamente, é isso aí, com alguns arranjos necessários para cobrir a falta de memória. Preservememos a tradição da História de Natal, muito melhor que a do Ebenézer Scrooge!

Feliz Natal pra todos e um próspero Ano Novo

 
Alguém lembra da história de Natal que o pai contava, do ceguinho? "És tu, Papai Noel?" Se lembrar pode colocar aqui, por favor?





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